Tuesday, December 11, 2012

Vendo bem.

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que (vendo bem) ninguém fala em verso." FP

11.Dez.2012

Wednesday, November 14, 2012

"Quero ser o teu amor amigo. Nem demais e nem de menos. 
Nem tão longe e nem tão perto. 
Na medida mais precisa que eu puder. 
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, 
Da maneira mais discreta que eu souber. 
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar. 
Sem forçar tua vontade. 
Sem falar, quando for hora de calar. 
E sem calar, quando for hora de falar. 
Nem ausente, nem presente por demais. 
Simplesmente, calmamente, ser-te paz. 
É bonito ser amor amigo, mas confesso é tão difícil aprender! 
E por isso eu te suplico paciência. 
Vou encher este teu rosto de lembranças, 
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."

FP. 

Wednesday, October 24, 2012

"Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve."

Vergílio Ferreira.

Demoras.

O amor nos condena: 
demoras 
mesmo quando chegas antes. 
Porque não é no tempo que eu te espero. 

Espero-te antes de haver vida 
e és tu quem faz nascer os dias. 

Quando chegas 
já não sou senão saudade 
e as flores 
tombam-me dos braços 
para dar cor ao chão em que te ergues. 

Perdido o lugar 
em que te aguardo, 
só me resta água no lábio 
para aplacar a tua sede. 

Envelhecida a palavra, 
tomo a lua por minha boca 
e a noite, já sem voz 
se vai despindo em ti. 

O teu vestido tomba 
e é uma nuvem. 
O teu corpo se deita no meu, 
um rio se vai aguando até ser mar. 

Mia Couto, in " idades cidades divindades"

Thursday, October 18, 2012


Quantas vezes, Amor, me tens ferido?
Quantas vezes, Razão, me tens curado?
Quão fácil de um estado a outro estado
O mortal sem querer é conduzido!

Tal, que em grau venerando, alto e luzido,
Como que até regia a mão do fado,
Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado,
Depois com ferros vis se vê cingido:

Para que o nosso orgulho as asas corte,
Que variedade inclui esta medida,
Este intervalo da existência à morte!

Travam-se gosto, e dor; sossego e lida;
É lei da natureza, é lei da sorte,
Que seja o mal e o bem matiz da vida.

                        Bocage
Às vezes encontramo-nos, costuma ser por acaso ou quando o de acaso não tem nada. Prefiro as vezes que nos encontramos por acaso. Das vezes em que acaso não há nenhum, não te encontro, acho que te procuro.   Às vezes encontro-te por acaso e não passas de um brilhante poema, outras em que te procuro não passas de cansaço.
"O que há em mim é sobretudo cansaço — 
Não disto nem daquilo, 
Nem sequer de tudo ou de nada: 
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, 
Cansaço. 

A subtileza das sensações inúteis, 
As paixões violentas por coisa nenhuma, 
Os amores intensos por o suposto em alguém, 
Essas coisas todas — 
Essas e o que falta nelas eternamente —; 
Tudo isso faz um cansaço, 
Este cansaço, 
Cansaço. 

Há sem dúvida quem ame o infinito, 
Há sem dúvida quem deseje o impossível, 
Há sem dúvida quem não queira nada — 
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: 
Porque eu amo infinitamente o finito, 
Porque eu desejo impossivelmente o possível, 
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, 
Ou até se não puder ser... 

E o resultado? 
Para eles a vida vivida ou sonhada, 
Para eles o sonho sonhado ou vivido, 
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... 
Para mim só um grande, um profundo, 
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, 
Um supremíssimo cansaço, 
Íssimno, íssimo, íssimo, 
Cansaço... 

Álvaro de Campos, in "Poemas" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

Monday, October 8, 2012

Queria dizer-te que.

"Queria dizer-te que ... Ah esquece!"


Saturday, October 6, 2012

Um pouco ou um bocadinho.

Se descobrir algum tipo de metafísica no meu coração envolvida num pedaço de papel congelada com azoto líquido, faz de mim um pouco ou um bocadinho humana?

Daniela.

Sunday, September 23, 2012

Contam-se três nuvens.

Hoje podia escrever alguma coisa se me tivesses dito que sim. 
Contam-se três nuvens da minha janela.
Acho que elas estão a olhar para mim
Cochicham segredos. 
Uma diz que me viu, a segunda que devia ser mentira.
A terceira sabe que é, porque me viu lá na ruela.
Não sabem elas que eu diria que sim.

Hoje podia escrever alguma coisa se me tivesses dito que sim.
Contam-se histórias e sentenças.
Acho que elas não sabem que são porque continuam a olhar para mim.


Daniela. 

Friday, September 7, 2012

Há dias intermináveis. Horas mortas e minutos asfixiantes. Há segundos em que respirar é mais fácil debaixo de água. Há espaços que não se preenchem e secalhar pertencem ao espaço mesmo, não haveria maneira de serem tão vazios, sendo eles de cá. Há dias e espaços que já acabaram à custa de mentiras, outros à custa de verdades. Há dias que acabam em minutos outros que se arrastam pelo asfalto quente em pele nua. Há dias em que eu ia respirar melhor dentro de água. Há dias em que eu ficaria melhor por saber que te ia magoar da pior maneira possível. Há dias em que me arrependo de o ter pensado. Entre "existências" intermináveis, existo eu e tu. E não passamos de espaços e tempos diferentes separados por verdades que tornam os minutos asfixiantes.

Ninguém diga que a verdade é sempre melhor, porque melhor ela não é. Digam que a verdade é uma vádia, porque ela rouba-te o melhor que tens, vai embora e ainda sorri. As mentiras são mais doces, tocam-te os lábios como chocolate e deixa,-te aconchegado.

Há dias intermináveis. Se for à rua como pretexto. Se disser que vou à rua porque está calor. Se isso for mais fácil, levanto-me da cama e vou. Se ficar aqui continuo gelada e quente de vergonha. A vergonha é como a verdade. E normalmente vem depois dela. Porque a verdade é a vádia, e ninguém tem orgulho de ser vádia. As vádias devem ter vergonha suponho. Diz-se que vendem o corpo e noutros tempos a alma. Cabras. A verdade é assim mesmo, uma cabra.

Há dias intermináveis. Este nunca mais acaba.

Daniela. 7.9.12
Blog do Domingos Amaral (sext 31.8.12). O homem gosta de escrever e escreve. E no outro dia escreveu isto. Ora não se engana.


"Homens e mulheres à volta da mesa, a conversa chega ao perturbante tema das traições. É possível perdoar? É possível esquecer? É possível uma relação sobreviver depois de um, ou ambos, terem sido infiéis? Há quem ache que sim, mas eu, que sou pessimista por natureza, acho que não. Para mim, é impossível esquecer, uma traição é um dano tão grave que nunca se apaga da memória. Os traídos, sejam homens ou mulheres, sentem-se humilhados, insultados, substituídos, e mesmo que amem a pessoa que os traiu, irão sempre recordar aquele dia em que foram os últimos a saber que estavam a ser encornados e o chão lhes fugiu debaixo dos pés. Nasce a raiva, não só à pessoa que nos traiu, mas uma raiva que se estende ao sexo todo. Mulheres traídas passam a odiar os homens, aquele e todos os outros; homens traídos passam a odiar as mulheres, aquela e todas as outras do mundo. Alguns nunca recuperam e tornam-se azedos. Em certas circunstâncias, dependendo da idade das pessoas, da importância que dão à família e aos filhos, pode tentar-se reconstruir a relação, e há casos em que isso se consegue. Mas a mim parece-me uma intenção impossível. Acho que a perda de confiança é irrecuperável, quem nos mentiu uma vez pode mentir a vida toda, e se aceitarmos essa situação estamos a enviar a mensagem errada ao traidor. Quem perdoa e continua, está a convidar os traidores a traírem mais outra vez. Quem trai e escapa impune, sente sempre um sentimento de orgulho individual, de auto-satisfação, e um dia voltará a sentir a mesma tentação. Não se aprende com os erros, aprende-se é a errar melhor, e assim quem traiu refina-se, torna-se ainda mais inteligente e volta a trair diminuindo as possibilidades de ser apanhado. Os seres humanos são assim, não há volta a dar-lhe. Além disso, existe nos traídos uma vontade de vingança que é uma bomba-relógio para o futuro. A vingança é muitas vezes uma necessidade, a única forma de recuperar a auto-estima perdida, e começa então o ciclo das traições. Ele traiu, depois traiu ela, ou ao contrário, e a história nunca mais acaba. Mais vale cortar o mal pela raiz e seguir em frente. Com a facilidade com que hoje se arranja outra pessoa, para quê ficar com quem nos traiu?"

Wednesday, August 15, 2012

Daniela.

Gostar de alguém em demasia é quase tão perigoso como estar metido no polémico caso do Miguel Relvas, não por poderes ser acusado de fraude mas sim por te arriscares a ganhar equivalências no curso de palhaço. Tenho dito. 
Ultimamente as metáforas têm invadido a minha cabeça de uma maneira um bocado esquisita. A política então é a melhor maneira de enquadrar sentimentos pessoais em casos públicos. Torna-se giro, quase tanto como ir à Manta Rota e ver a banha do primeiro ministro a crescer enquanto nos pede para apertar o cinto. A ficção então é a cereja no topo no bolo, especialmente naqueles filmes que vês acompanhado e olhas para o teu companheiro  como quem diz "era isto que eu queria dizer!", mas que na altura não me lembrei. Merda. Quando escrevo, nunca é bom sinal. Tenho jeito para mais coisas, mas não paciência para as fazer. Vou fazer um puzzle... Já desisti. Ali noutro momento, ocorre-me outra comparação, no meio de letras de músicas encontras aquelas verdades distorcidas que quase que dão náuseas: No filme "Um Homem com Sorte" inspirado no romance de Nicholas Sparks (no meio de uma banda sonora conhecida em Portugal devido a SuperBock), que vi numa tarde chata desta semana, diz-se uma coisa assim "I was made for you!", só mais uma prova de como a ficção é como a vida quotidiana. Uma frase dessas só poderia ser dita por uma chave a falar com uma fechadura. 

Ora, entre o que os outros chamam revolta, vejo aqui algo bastante artístico, diziam que o Kurt Cobain gostava de escrever música deitado num sofá de cabeça para baixo. Eu cá gosto, gosto de um certo nível de stress para escrever qualquer coisa. 

Olha, talvez me ajude nos exames.

Daniela.

Monday, July 23, 2012

When routine bites hard and ambitions are low
and resentment rides high but emotions won't grow
And we're changing our ways, taking different roads

Then love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again

Why is the bedroom so cold? 
You've turned away on your side
Is my timing that flawed? 
Our respect runs so dry
Yet there's still this appeal 
That we've kept through our lives

But love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again

You cry out in your sleep
All my failings exposed
And there's taste in my mouth 
As desperation takes hold
Just that something so good 
Just can't function no more

But love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again .

Joy Division.

Saturday, June 2, 2012

 Começava assim. Médico estranhíssimo por sinal, dizia assim aos seus cadernos os sonhos era o inconsciente a falar com o ego, dizendo-lhe incoerências, sussurando-lhe pecados e atrocidades, espicaçando-o com maldades, desejos profundos e pensamentos maquiavélicos de tão imundos que eram. O Ego, perspicaz amolecia o corpo, fechava os olhos, acalmava a bomba cardíaca, deixa cair um bocado de saliva na almofada, fazia-lhe barulhos estranhos na garaganta, acomodava, fazia-se fofinho, resumindo: adormecia o corpo. A Alma, ahh essa coisa sem sal, ia passear ao parque, fazer umas compras, rever matéria atrasada, por aí, essa entretem-se com facilidade! O Corpo, fraco, desprovido de qualquer pensamento, que seria incapaz de ouvir o malvado do Inconsciente. A alma fora o corpo dormindo , a luta começava agora. E durava, até o preguiçoso do Incosciente ralhar com o Ego, dizendo-lhe que já estava farto das merdas dele. O ego, toddas as santas noites, acha que dominou o outro, mas todas as santas noites volta a encontra-se com ele, diria até que já são amigos e ainda não perceberam. às vezes o Ego também se cansa, o Inconsciente , ágil, aproveita-se do corpo, claro que seaproveita... e o corpo gosta, gosta muito, mas costuma sair lesionado de alguma forma. A alma também, cansa-se é mais depressa, porque tem as cmpras por fazer , a matéria para se recordar, as limpezas por organizar. O Inconsciente é  um opurtonista, um sacana daqueles que diz umas cenas malucas, mas que no fundo, toda a gente de vez enquanto gosta de ouvir. Naturalmente são 3 contra 1. Em que 2 deles, tanto lhes faz. Este tanto lhes faz, vê.se nas ruas, no bairro, na cidade, corresponde àqueles que chamamos coitadinhos, chalados, drogados, malucos. Era isto que o médico maluco dizia, ora aqui está outro tipo, que não o maluco de à bocado,  nunca deve ter escrito tal coisa, dita por estas palavras nos seus cadernos, tinha mais que fazer.

Daniela Cavaco.

Monday, May 14, 2012

A cura.



A cura.

Saturday, May 12, 2012

As pessoas são esquisitas. Não, as pessoas não.

As relações são coisas esquisitas.
As pessoas também.
O que as une ainda mais estranho é.
Hoje deu-me para questionar o relacionamento, especialmente a dois.
Meramente teórico, porque na realidade conseguimos ser egoístas a todos os níveis.
A sociedade só aceita um par "de dois", pleonasmo concedido tendo em conta a estranheza do assunto.
As pessoas, querem mais que um.
No fundo, não é querer, desejam mais que um, mas só querem estar com um.
Um arranja maneira de espicaçar o outro.
O outro não faz que não retribuir.
São egoístas, porque querem o bem do outro para se sentir bem consigo próprias.
E querem mostrar que não, que não é nada disso.
Qual é a necessidade afinal, o outro estar contigo ou tu estares com ele?
Juntos já é forte, porque cada um é cada qual.
Por muito que um queira mais que outro, é isso, o outro continua no seu caminho, tendo apenas um acompanhante que lhe leva as malas e tira outros desse mesmo caminho.
Com ou sem sucesso.

daniela.



Thursday, May 10, 2012

No, you didn't have to stoop so low.





No, you didn't have to stoop so low.

Tuesday, May 8, 2012

Já sei que é inevitável

É um ciclo que se repete, as formas são as mesmas e o palavreado também. Já sei distingui-los, já sei o que se passa comigo, sei que é inevitável. 

Sei ainda que te afastas de mim e eu, sendo mais fraca, não me afasto mas prendo-me noutras coisas. Era tempo de provares algo, era tempo de mostrares o que é isso que chamas "amor", era tempo de se pronunciar. Fazia falta a esta cabeça destrambelhada, se é que essa palavra existe, ouvir algo parecido. Fazia-lhe falta que lhe dissesses que és e eu sou importante em alguma coisa. Somos demasiados pequenos neste pequeno planeta para sermos alguma coisa, mas fazia falta mostrares que pelo menos noutro sítio, talvez tivesse alguma importância. 

Queria dizer-te que o ciclo não se renovou, que essa tua distância não teve efeitos, que no fundo é só mais um período que eu sou eu e tu és tu, cada um no seu sítio, sem semelhanças alguma. Queria dizer-te que o ciclo que te afasta de mim e eu de ti, não se vai repetir. Vai repetir-se, e eu já lhe conheço formas e cores, sei que me vai confundir, que me vai fazer perdida entre trocas de insultos e outras palavras assustadoras que trocamos. Perdoa-me se já reconheço o que eu sei que tu sabes. Perdoa-me, não é algo que controle, que manipule como já fiz no passado. Já viste o que as ondas do mar fazem na praia? Parece-se com aquilo que tu me fazes.

Por isso, volto a mudar de destinatário, agora o ciclo mudou de dono. É um ciclo simples, é palpável, toca-se quase com os dedos. Se lhe tocasse aposto que se desfazia, como quem faz casas e castelos de areia e espera que resistam à abrasão das partículas excitadas das ondas que por sua excitam os grãos de areia das casas e dos castelos, fazendo-os desaparecer como se fossem algo. Só significa que nunca foram nada. Não sei se posso comparar este ciclo aos castelos de areia das crianças, não sei se é insultuoso, se magoa ou fere.  Não quero que isso aconteça, até porque o ciclo mudou de dono, mas continua a ser somente meu. E o dono do meu ciclo não pode, não vai ou quer saber do mesmo. Escrevo, na esperança de fechar um novo ciclo, sei que se o fizer e não o realizar, ele passa. Há-de vir alguma onda que o leve, afinal se o comparei a um castelo de areia, uma onda há-de fazer algum efeito... 

Não posso negar que fico meio tonta com isto dos ciclos, não os compreendo, só consigo compará-los. Sei que têm um princípio, sinto-o cada vez que o proprietário repara nele, sem se manifestar. SE há algo para entender, é esse algo que não entendo. Se este ciclo me desgasta e não posso tocar-lhe então porque aparece? Se este ciclo, é algo que tem princípio meio e fim e sendo que o fim coincide com o princípio, qual é o objectivo disto tudo?

Desta vez o ciclo é novo mas com semelhanças com o anterior. É absolutamente bizarro e nunca se deveria ter iniciado. Nisto concluo, que ciclos são uma espécie de provas com forma de castelos de areia que me incomodam. Se isto dos ciclos pareceu confuso, imaginem em mim,  condicionada, bem mais destrambelhada e com falta de qualquer coisa chamada ...



Daniela. 8.5.2012

Monday, May 7, 2012

If you let me.


If you let me, here's what I'll do, I'll take care of you...I've loved and I've lost.

are you here?

http://instagr.am/p/KVePEyuQFs/

“Rainy days are a little bit scary without you here.”


I mean, are you here in any of this moments?


Daniela C. What fucking rainy day.

Tuesday, April 10, 2012

.



Às vezes é preciso um pouco mais. Um pouco mais de ti. E, talvez um pouco mais de mim. No final, era só isso que bastava.

Daniela.

Em direitos e deveres.

Acredito que gostas de te sentir assim, assim mimado, assim com todos os carinhos a que achas que tens direito. Em direitos e deveres entendemo-nos mal. Que gostas da minha preocupação com a roupa fria, com horários e mais deveres, Que gostas do mal que tu me fazes. Acredito que o fazes sem saber. Acredito ainda que o mal que tu me fazes não é mais que um bem disfarçado de coisas más. Acredito que faz parte da vossa espécie e que a vossa mãe natureza é uma sogra chata e malvada.



Em direitos e deveres, entendem-se os dois lados mal, elas porque foram feitas para serem o Fazer e o Manter e eles porque foram feitos para Ter e Querer. Em matéria de leis, estamos bem separados. Em matéria física ainda mais estamos. Em matéria química, temos um reagente mais forte, um ácido que corrói cimento e betão com outro que reage pouco mas que sustenta um produto visível a temperatura e concentração ideal. Em matéria de sociedade, temos o... Bom, fiquemos por aqui. Hoje é só mais um dia em que há mais coisas que te deixam longe de ti do que aquelas que te aproximam.

Não há tempo para dizer mais nada, porque o tempo esgota-se e aquele que me cedes já é menos que pouco.

Daniela .

Monday, March 19, 2012

Sail.

This is how I show my love.
I made it in my mind because
I blame it on my ADD baby.

This is how an angel cries
Blame it on my own sick pride
Blame it on my ADD baby

SAIL!

SAIL!

SAIL!

SAIL!

SAIL!

Maybe I should cry for help
Maybe I should kill myself(Chorus: myself)
Blame it on my ADD baby

Maybe I'm a different breed
Maybe I'm not listening
So blame it on my ADD baby

Wednesday, February 15, 2012

Basta pensar.

Basta pensar às vezes quando éramos miúdos, caíamos, "desfolávamos" os joelhos e as mãos. A mãe chegava e dizia "Pronto, já passou!..."; ainda doía que se fartava e ainda fungávamos com as lágrimas nos olhos mas... de facto, já tinha passado. Por isso as vezes é melhor dizer " vida deve ser levada com olhar de puto..", exactamente como diz a música.


dani.

Thursday, February 9, 2012

Efeito dominó.

Não compreendem o que se passa. Não olham, reparam, ouvem ou pensam. Impávidas saboreiam o sol, sem se preocupar se vai chover, se há humidade ou a temperatura desce. Gostam delas próprias, querendo e fazendo tudo para sobreviver. Nascem, crescem, multiplicam-se e morrem. É esse o seu propósito. Podem questionar-se que seres maravilhosos são esses. Que criaturas fantásticas são essas. Bom são quase todas! Nós humanos é que tivemos um outro propósito. Só me parece que se esqueceram de nos dizer qual. "Crescei e multiplicai-vos" dizem alguns crentes. Algo um pouco insuficiente para esta aberração da natureza que pisa o Mundo aos milhões, que pensa, escreve livros, teorias, constrói edifícios e cria como poucos fazem. Quem se esqueceu de avisar estes seres do seu objectivo, é alguém distraído com toda a certeza. Crescer é deveras fácil, basta ter paciência. Multiplicai-vos simples é para grande parte. Há um tempo ideial para tudo isso, e no resto que fazer? O ser humano foi um especialista em encontrar outras maneiras de se ocupar. Só que deveriam ter sido mais explícitos e eficazes a transmitir uma mensagem que ficou esquecida. Agora, agora como se esqueceram de nós, também nós nos esquecemos de outros. Um efeito dominó curioso.

Hoje esqueci-me de ti. Mas só hoje. Daniela

Monday, February 6, 2012

Cada um deles é somente a ausência do outro.

"É ele, finalmente, este para quem apenas olham José de Arimateia e Maria Madalena, este que faz chorar o sol e a lua, este que ainda agora louvou o Bom Ladrão e desprezou o Mau, por não compreender que não há nenhuma diferença entre um e outro, ou, se diferença há, não é essa, pois o Bem e o Mal não existem em si mesmos, cada um deles é somente a ausência do outro. "

in Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago

Tuesday, January 17, 2012

2 minutos.


Preciso de dois minutos. Dois minutos de qualquer coisa real. Dois minutos de qualquer coisa... Só que sejam dois minutos diferentes. Dois minutos bastam. Dois é o número ideal. Duas cadeiras. Dois copos. Dois minutos de conversa. Dois minutos a ouvir os carros passarem. Dois minutos de conforto.  Dois era o suficiente. Em tanto sedentarismo, preciso realmente de 2 minutos de mudança.

daniela .

Resultados.

Resultado da pesquisa: intenso, arrebatador, impensável, colorido, irresistível, apaixonante, contagiante. Fim da pesquisa. Sempre tive 100% à vontade com metáforas, hipérboles, eufemismos, adjectivações, comparações e enumerações. A resposta da fuga ou luta confunde-me. Não percebo predadores e presas durante qualquer tipo de beijo calmo. De presas percebo bem, fáceis, distintas algumas, frágeis. De predadores percebo pouco, fortes, poderosos, miseráveis, donos de si mesmos e de outros da mesma forma. Percorro resultados de motores de busca desconhecidos, rotinas, circuitos à procura de definições. Estou perdida. Finjo então que encontro a minha definição de presa e predador. Inequivocamente, realizo que sou mais presa que predador. Irónico, na fuga ou luta um beijo resolve tudo. Há presas que mereciam ser predadoras, anti-natura talvez, mas justo.


Daniela Cavaco. ( What a mess in my head!) 01.19 de dia 18 Janeiro.