Saturday, June 2, 2012

 Começava assim. Médico estranhíssimo por sinal, dizia assim aos seus cadernos os sonhos era o inconsciente a falar com o ego, dizendo-lhe incoerências, sussurando-lhe pecados e atrocidades, espicaçando-o com maldades, desejos profundos e pensamentos maquiavélicos de tão imundos que eram. O Ego, perspicaz amolecia o corpo, fechava os olhos, acalmava a bomba cardíaca, deixa cair um bocado de saliva na almofada, fazia-lhe barulhos estranhos na garaganta, acomodava, fazia-se fofinho, resumindo: adormecia o corpo. A Alma, ahh essa coisa sem sal, ia passear ao parque, fazer umas compras, rever matéria atrasada, por aí, essa entretem-se com facilidade! O Corpo, fraco, desprovido de qualquer pensamento, que seria incapaz de ouvir o malvado do Inconsciente. A alma fora o corpo dormindo , a luta começava agora. E durava, até o preguiçoso do Incosciente ralhar com o Ego, dizendo-lhe que já estava farto das merdas dele. O ego, toddas as santas noites, acha que dominou o outro, mas todas as santas noites volta a encontra-se com ele, diria até que já são amigos e ainda não perceberam. às vezes o Ego também se cansa, o Inconsciente , ágil, aproveita-se do corpo, claro que seaproveita... e o corpo gosta, gosta muito, mas costuma sair lesionado de alguma forma. A alma também, cansa-se é mais depressa, porque tem as cmpras por fazer , a matéria para se recordar, as limpezas por organizar. O Inconsciente é  um opurtonista, um sacana daqueles que diz umas cenas malucas, mas que no fundo, toda a gente de vez enquanto gosta de ouvir. Naturalmente são 3 contra 1. Em que 2 deles, tanto lhes faz. Este tanto lhes faz, vê.se nas ruas, no bairro, na cidade, corresponde àqueles que chamamos coitadinhos, chalados, drogados, malucos. Era isto que o médico maluco dizia, ora aqui está outro tipo, que não o maluco de à bocado,  nunca deve ter escrito tal coisa, dita por estas palavras nos seus cadernos, tinha mais que fazer.

Daniela Cavaco.